Sombras ao Sol
- Vitor Araujo
- 22 de jul. de 2021
- 1 min de leitura
Sai de mim sem que eu lhe diga,
faz-me parecer um gigante
e o sol, ainda morno,
risca à risca o meu contorno
como que a traçar-me a vida,
passo a passo, a cada instante.
Junta-se a mim bem de perto,
um gigante mais pequeno
e o sol, ainda morno,
também lhe risca o contorno
colocando em lugar certo,
tudo em ordem, tudo em pleno.
Um abraço, é um abraço,
que nos une nos convida
e o sol morno, agora quente,
faz-nos ficar frente a frente
numa espécie de entrelaço,
a parecer uma só vida.
É tão mais doce a ternura,
na criança que com graça
quando o sol permite ainda,
numa brincadeira infinda
com um gesto de candura,
afaga a sombra que passa.

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