Obrigado MÃE

Diz o calendário que ontem foi o teu dia e por isso estivemos juntos. No entanto, escrevo propositadamente só hoje para dizer-te que, para mim, tu não tens um dia só para ti. Os dias são todos teus por direito. Todos teus. Sim, porque também não escolheste nunca o dia para me dares ternura, atenção e cuidados mil. Estavas, estás e estarás sempre comigo incondicionalmente, nos teus pensamentos e ações. Mesmo agora, que já posso escrever-te sem rimas ou frases infantis (mas que dizias sempre serem lindas e com nexo, talvez por serem mais puras), continuas no meio da tua sábia idade a dar-me os mesmos conselhos, que ouvia de ti em criança… por palavras “maiores” e complexas, mais de acordo com a idade e o tamanho que agora tenho, mas com a mesma intenção, repleta da saudade de aconchegar-me ainda nos teus braços e de proteger-me de todos os “maus”… dos “maus” momentos, dos “maus” pensamentos, dos “maus” da fita… enfim, de todos os “maus lobos” que ainda possam barrar-me a vida… a vida boa que um dia sonhaste para mim e, que de algum modo, veio a transformar-se na realidade sonhada. Sabes, teria agora um problema gigante entre mãos, não fosses tu a eternamente compreensiva, tolerante e enorme mulher que sempre foste… porque, se por cada gesto de AMOR teu para comigo, eu tivesse sempre de agradecer-te (e agradeço acredita), da minha boca não sairia jamais qualquer outra palavra que não fosse… obrigado MÃE.