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O Natal dos simples

  • Foto do escritor: Vitor Araujo
    Vitor Araujo
  • 11 de nov. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 13 de nov. de 2020


O Natal vai acontecer sempre, estou certo… não pode ser abolido como qualquer outra tradição, pois é profundamente simbólico, profundamente belo, indiferente e independente das venturas e desventuras da humanidade. Os simbolismos do mesmo, mantêm-se intactos e inalterados. A prová-lo está o facto de, em vinte séculos de história e após inúmeras tragédias humanas, nunca ter deixado de ser relembrado e sempre comemorado. O problema nestes tempos que são os nossos, reside certamente na cultura excessivamente materialista em que mergulhamos e vivemos sem que, no entanto, tal nos transforme em pessoas mais felizes e realizadas. Tentemos por isso fazer com que esta data, que é uma das mais importantes para uma grande parte do mundo, seja de facto diferente (como alguns dizem) ou não seja normal (como dizem outros), mas pela imensa e inusitada possibilidade de reflexão sobre a forma como permanecemos, agimos e reagimos, perante a vida que nos vai passando à frente e também, o modo como a vivemos. No fundo, quase um convite a um regresso mais pausado e saboreado, às comemorações natalícias dos nossos avós. Impõe-se como nunca, o regresso à vivência de um Natal mais austero e partilhado, que conduza à diminuição das enormes assimetrias sociais… o “Natal dos simples”, como tão bem dizia e cantava o nosso grande Zeca Afonso.



 
 
 

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