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Deixem-me

  • Foto do escritor: Vitor Araujo
    Vitor Araujo
  • 28 de jul. de 2023
  • 1 min de leitura

Deixem-me quieto no meu canto

quando esse canto é o meu sossego,

porque esse tão pouco dá-me tanto

devolve-me a paz, leva-me o medo.


Deixem-me ir sozinho pela calçada

mesmo que descalço vos pareça,

o meu tudo, pode não ser nada

e a lembrança, algo que se esqueça.


Deixem-me o silêncio a que me entrego

porque só preciso de descanso,

tantos são os fardos que carrego

que o recuo, é mais do que o avanço.


Deixem-me abraçar qualquer sentido

que um sentido faça num segundo,

porque até o lugar mais perdido,

pode bem ser o meu céu no mundo.



 
 
 

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