As casas de Deus
- Vitor Araujo
- 14 de jul. de 2021
- 1 min de leitura
Nem sempre vou à casa de Deus… do meu Deus… porque outros Deuses existirão, para outras cabeças, outras sentenças.
Tempos foram em que ia lá bastantes mais vezes...descobri no entanto, que não é pelo simples facto de manter com maior assiduidade esse ritual de passagem e de entrada na sua morada, que estou mais perto d'Ele ou Ele mais a meu lado, ou mesmo dentro de mim, para quem acredita nessa possibilidade divina.
Há quem não ache certa esta postura, esta espécie de distanciamento e ausência de visitação à casa do Senhor, mas que no entanto, não existe de todo.
Se de facto Deus está em todo o lado, presente em todas as coisas vivas e não vivas e aspetos da nossa existência, não faz sentido algum que eu entre a toda a hora nas suas múltiplas moradas, só para que me lembre ou relembre que Ele existe e lhe pedinche isto e aquilo.
É até um certo incómodo, para quem tem que preocupar-se a toda a hora com o enorme sofrimento que grassa por este mundo imperfeito, estar sempre a dar atenção a pequenas e patetas súplicas, tantas vezes egoístas e mesquinhas.
É melhor passar por lá menos vezes, mas com mais entusiasmo e fervor, do que assumir uma aborrecida obrigação diária e rotineira, só porque sim, porque sossega e dá um certo jeito, à nossa alma ou à nossa consciência egocêntrica.
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