A arte dos dias
- Vitor Araujo
- 17 de abr. de 2022
- 1 min de leitura
Por vezes, os dias parecem autênticos gêmeos verdadeiros, sem nada que aparentemente os distinga. Aguardamos que algo de especial aconteça, para marcar determinado dia e para que, por algum motivo único, ele fique registado indelevelmente na nossa memória. Esquecemos porem, que talvez esta missão diferenciadora dos vários momentos de que é feita a vida, caiba também em parte a cada um de nós, através das palavras que nem sempre se dizem ou que nunca foram ditas, ou dos atos que nem sempre ou mesmo nunca se praticam. O destino que tanto acreditamos estar traçado à nascença, pode talvez ser reescrito, melhorado ou piorado, conforme o grau de intervenção que possamos e queiramos ou não ter nele. Nada acontece por isso ao acaso ou por acaso. Sejamos, senão os donos do referido destino, pelo menos os capatazes, que laboriosa e sabiamente, conseguem manter dentro de eixos claros e construtivos, o rumo certo embora imperfeito, de um caminho diário que vamos construindo, mesmo que este seja conseguido muito mais à custa de curvas inesperadas, do que de monótonas, previsíveis e longas retas.
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